Eugénio Rosa denuncia, num dos seus múltiplos e atuais estudos, que as alterações ao Código do Trabalho propostas pelo governo aumentam a precariedade, enfraquecem os sindicatos e favorecem os patrões. Contratos temporários, intermitentes, que a termo deixam o trabalhador sem estabilidade nem poder de compra, afetando também a economia pela redução do consumo e pelo incentivo à emigração de mão-de-obra qualificada.
A chamada “flexibilidade” esconde abusos, tais como, banco de horas sem remuneração justa, renúncia forçada a direitos e imposição de condições mais duras. O enfraquecimento das negociações coletivas e o alargamento dos serviços mínimos reduzem a capacidade de luta sindical, desequilibrando ainda mais a relação entre capital e trabalho.
Eugénio Rosa sublinha, e bem, que o papel do Estado deveria
ser o de proteger quem vive do trabalho, garantindo segurança, estabilidade e
dignidade, e não o de facilitar a exploração e aprofundar a desigualdade
social. Em síntese, dir-se-ia que a equipendência em Montenegro encontra-se na flexibilidade com que mimoseia os patrões e no avesso enquanto quinhão com que esmola quem trabalha. Todavia, uns outros vão-se "acon...chegando".
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