No duelo da política, Gonçalo Capitão não corta nem rasga - contorna, arredonda, suaviza. E bem…
A ironia, quando nasce da inteligência e do bom senso, não
magoa - ajuda a esclarecer. O âmago da sua crítica não necessita, pois, de voz
alta; basta sorrir, iluminando o discernimento e a expressão. Há quem, por
dificuldade, use a voz ruidosa e dela procure proveito próprio. Por outro lado,
há quem, com serenidade e humor, esclareça o enredo, dando valor e ganho ao
duelo. A estes últimos devo apreço, pois fazem do riso um gesto de empatia,
transparência e respeito. A democracia nada perde ao suavizar vozes intensas
alimentadas por emoções - sobretudo quando arrastadas por falsas e fingidas
febres.
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