O que se é tem a ver com o que se pensa e com os sentidos que se dá às situações de vida. A condição humana de seres pensantes e reflexivos é indissociável da historicidade que acompanha as memórias de cada um. Aos acontecimentos que se recordam sobrepõe-se a descoberta das relações que as explicam e as interpretações de sentido que se lhes acrescentam. Procura-se a compreensão do que é passado com os referenciais de hoje e com as representações que já deixaram de ser as da altura. Mobiliza-se, deste modo, a capacidade reflexiva através de uma atribuição que se realiza na busca de uma proximidade intrinsecamente humana do que foi e está mais ou menos distante. Nesta ocasião, formam-se as necessárias e inevitáveis significações crendo em racionalidades carregadas de uma subjetividade interessada. E é, também, nesta permanente e continuada construção, de tempos e momentos cruzados, que se sustenta, assim percepciono, a formatividade que nos projeta.
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